IST

Cancro mole (cancroide)

O que é
É causado pela bactéria Haemophilus ducreyi, sendo mais frequente nas regiões tropicais.

Formas de contágio
Transmite-se pela relação sexual com uma pessoa infectada sem o uso da camisinha masculina ou feminina.

Sinais e sintomas

  • Feridas múltiplas e dolorosas de tamanho pequeno com presença de pus, que aparecem com frequência nos órgãos genitais (ex.: pênis, ânus e vulva).
  • Podem aparecer nódulos (caroços ou ínguas) na virilha.

Diagnóstico e tratamento
Ao se observar qualquer sinal e sintoma de cancro mole, a recomendação é procurar um serviço de saúde. O tratamento deverá ser prescrito pelo profissional de saúde.

 


Condiloma acuminado (Papilomavírus Humano – HPV)

O que é
O HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano) é um vírus que infecta a pele ou mucosas (oral, genital ou anal) das pessoas, provocando verrugas anogenitais (na região genital e ânus) e câncer, a depender do tipo de vírus. A infecção pelo HPV é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST).

Formas de transmissão
A transmissão do HPV se dá por contato direto com a pele ou mucosa infectada. A principal forma de transmissão é pela via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Portanto, o contágio com o HPV pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal. Também pode haver transmissão durante o parto.

Como muitas pessoas infectadas pelo HPV não apresentam sinais ou sintomas, elas não sabem que têm o vírus, mas podem transmiti-lo.

Sinais e sintomas
A infecção pelo HPV não apresenta sintomas na maioria das pessoas. Em alguns casos, o HPV pode ficar latente de meses a anos, sem manifestar sinais (visíveis a olho nu), ou apresentar manifestações subclínicas (não visíveis a olho nu).

A diminuição da resistência do organismo pode desencadear a multiplicação do HPV e, consequentemente, provocar o aparecimento de lesões. A maioria das infecções em mulheres (sobretudo em adolescentes) tem resolução espontânea, pelo próprio organismo, em um período aproximado de até 24 meses.

As primeiras manifestações da infecção pelo HPV surgem, aproximadamente, entre dois e oito meses, mas pode demorar até 20 anos para aparecer algum sinal da infecção. As manifestações costumam ser mais comuns em gestantes e em pessoas com imunidade baixa.

  • Lesões clínicas – apresentam-se como verrugas na região genital e no ânus (denominadas tecnicamente condilomas acuminados e popularmente conhecidas como “crista de galo”, “figueira” ou “cavalo de crista”). Podem ser únicas ou múltiplas, de tamanho variável, achatadas ou papulosas (elevadas e sólidas). Em geral, são assintomáticas, mas pode haver coceira no local. Essas verrugas, normalmente, são causadas por tipos de HPV não cancerígenos.
  • Lesões subclínicas (não visíveis ao olho nu) – podem ser encontradas nos mesmos locais das lesões clínicas e não apresentam sinais/sintomas. As lesões subclínicas podem ser causadas por tipos de HPV de baixo e de alto risco para o desenvolvimento de câncer.

Podem acometer vulva, vagina, colo do útero, região perianal, ânus, pênis (geralmente na glande), bolsa escrotal e/ou região pubiana. Menos frequentemente, podem estar presentes em áreas extragenitais, como conjuntivas e mucosas nasal, oral e laríngea.

Mais raramente, crianças que foram infectadas no momento do parto podem desenvolver lesões verrucosas nas cordas vocais e laringe (Papilomatose Respiratória Recorrente).

Prevenção

Vacinar-se contra o HPV é a medida mais eficaz para se prevenir contra a infecção. A vacina é distribuída gratuitamente pelo SUS e é indicada para:

  • Meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos;
  • Pessoas que vivem HIV na faixa etária de 9 a 26 anos;
  • Pessoas transplantadas na faixa etária de 9 a 26 anos;

Ressalta-se, porém, que a vacina não é um tratamento e não apresenta eficácia contra infecções ou lesões por HPV já existentes.

Exame preventivo contra o HPV: o Papanicolau é o exame ginecológico preventivo mais comum para identificar lesões precursoras de câncer do colo do útero. Esse exame ajuda a detectar células anormais no revestimento do colo do útero, que podem ser tratadas antes de se tornarem câncer.  O exame não é capaz de diagnosticar a presença do vírus; no entanto, é considerado o melhor método para detectar o câncer do colo do útero e suas lesões precursoras.

Quando essas alterações que antecedem o câncer são identificadas e tratadas, é possível prevenir 100% dos casos. Por isso, é muito importante que as mulheres façam o exame de Papanicolau regularmente.

Preservativo: o uso de preservativo (camisinha) nas relações sexuais é outra importante forma de prevenção do HPV. Contudo o seu uso, apesar de prevenir a maioria das IST, não impede totalmente a infecção pelo HPV, pois muitas vezes as lesões estão presentes em áreas não protegidas pela camisinha (vulva, região pubiana, períneo ou bolsa escrotal). A camisinha feminina, que cobre também a vulva, é mais eficaz para evitar a infecção, se utilizada desde o início da relação sexual.

Parceria sexual: é fundamental que as parcerias sexuais sejam aconselhadas e examinadas. Pode acontecer de a infecção inicial ter ocorrido na parceria sexual que não apresente qualquer sinal ou sintoma. Dessa forma, faz-se necessária a realização de consulta para o casal.

Diagnóstico
O diagnóstico do HPV é atualmente realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais, dependendo do tipo das lesões (clínicas ou subclínicas).

  • Lesões clínicas – podem ser diagnosticadas por meio do exame clínico urológico (pênis), ginecológico (vulva/vagina/colo uterino) e dermatológico (pele).
  • Lesões subclínicas – podem ser diagnosticadas por exames laboratoriais, como o exame preventivo Papanicolau (citopatologia), colposcopia, peniscopia e anuscopia, e também por meio de biopsias e histopatologia, a fim de distinguir as lesões benignas das malignas.

Tratamento
O objetivo do tratamento das verrugas anogenitais (região genital e ânus) é a destruição das lesões. Independentemente da realização do tratamento, as lesões podem desaparecer, permanecer inalteradas ou aumentar em número e/ou volume.

Sobre o tratamento:

  • Deve ser individualizado, considerando características (extensão, quantidade e localização) das lesões, disponibilidade de recursos e efeitos adversos.
  • São químicos, cirúrgicos e estimuladores da imunidade.
  • Podem ser domiciliares (autoaplicados: imiquimode, podofilotoxina) ou ambulatoriais (aplicado no serviço de saúde: ácido tricloroacético – ATA, podofilina, eletrocauterização, exérese cirúrgica e crioterapia), conforme indicação profissional para cada caso.
  • Podofilina e imiquimode não deve ser usada na gestação.
  • O tratamento das verrugas anogenitais não elimina o vírus e, por isso, as lesões podem reaparecer. As pessoas infectadas e suas parcerias devem retornar ao serviço, caso se identifiquem novas lesões.

Pessoas com imunodeficiência – as recomendações de tratamento do HPV são as mesmas para pessoas com imunodeficiência (ex.: pessoas vivendo com HIV, transplantadas). Porém, nesse caso, o paciente requer acompanhamento mais atento, já que pessoas com imunodeficiência tendem a apresentar pior resposta ao tratamento.

 


Doença Inflamatória Pélvica (DIP)

O que é
É uma síndrome clínica, que ocorre quando a gonorreia e a infecção por clamídia não são tratadas, atingindo os órgãos sexuais internos da mulher, como útero, trompas e ovários, e causando inflamações.

Formas de contágio
Essa infecção pode ocorrer por meio de contato com as bactérias após a relação sexual desprotegida. A maioria dos casos ocorre em mulheres que têm outra IST, principalmente gonorreia e infecção por clamídia não tratadas.

Entretanto, também pode ocorrer após algum procedimento médico local – como inserção de Dispositivo Intra-Uterino (DIU), biópsia na parte interna do útero, curetagem.

O uso da camisinha masculina ou feminina é a melhor forma de prevenção.

Sinais e sintomas

  • Dor na parte baixa do abdômen (no “pé da barriga” ou baixo ventre) e durante a relação sexual.
  • Dor abdominal e nas costas.
  • Febre, fadiga e vômitos.

Diagnóstico e tratamento
Na presença de qualquer sinal ou sintoma de DIP, recomenda-se procurar imediatamente um profissional de saúde para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado.

Em casos mais graves, é necessária internação hospitalar para uso de antibiótico por via venosa.

 


Donovanose

O que é
É uma IST crônica progressiva, causada pela bactéria Klebsiella granulomatis. Acomete preferencialmente a pele e mucosas das regiões da genitália, da virilha e do ânus. Causa úlceras e destrói a pele infectada. É pouco frequente, ocorrendo na maioria das vezes em climas tropicais e subtropicais.

Formas de contágio
A transmissão ocorre pelo sexo desprotegido com uma pessoa infectada. Por isso, recomenda-se sempre o uso da camisinha masculina ou feminina.

Sinais e sintomas

  • Após o contágio, aparece uma lesão que se transforma em ferida ou caroço vermelho.
  • Não dói e não tem íngua.
  • A ferida vermelha sangra fácil, pode atingir grandes áreas e comprometer a pele ao redor, facilitando a infecção por outras bactérias.

Diagnóstico e tratamento
Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessas IST, recomenda-se procurar um serviço de saúde para o diagnóstico correto e indicação do tratamento com antibiótico adequado.

Ao término do tratamento, é necessário retorno à consulta, para avaliação de cura da infecção.

Deve-se evitar contato sexual até que os sinais e sintomas tenham desaparecido e o tratamento seja finalizado.

 


Gonorreia e infecção por clamídia

O que são?
São IST causadas por bactérias (Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis, respectivamente). Na maioria das vezes estão associadas, causando a infecção que atinge os órgãos genitais, a garganta e os olhos.

Essas infecções, quando não tratadas, podem causar infertilidade (dificuldade para ter filhos), dor durante as relações sexuais, gravidez nas trompas, entre outros danos à saúde.

Formas de contágio
A transmissão é sexual e o uso da camisinha masculina ou feminina é a melhor forma de prevenção.

Sinais e sintomas

  • Dor ao urinar ou no baixo ventre (pé da barriga), corrimento amarelado ou claro, fora da época da menstruação, dor ou sangramento durante a relação sexual.
  • A maioria das mulheres infectadas não apresentam sinais e sintomas.
  • Os homens podem apresentar ardor e esquentamento ao urinar, podendo haver corrimento ou pus, além de dor nos testículos.

Diagnóstico e tratamento
Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessas IST, recomenda-se procurar um serviço de saúde para o diagnóstico correto e indicação do tratamento com antibiótico adequado.

As parcerias sexuais devem ser tratadas, ainda que não apresentem sinais e sintomas.

Conjuntivite neonatal
Há possibilidade de transmissão dessas infecções no parto vaginal e a criança pode nascer com conjuntivite, que pode levar à cegueira se não for prevenida ou tratada adequadamente.

Deve-se aplicar colírio nos olhos do recém-nascido na primeira hora após o nascimento (ainda na maternidade) para prevenir a conjuntivite (oftalmia) neonatal.

 


Linfogranuloma venéreo (LGV)

O que é
O linfogranuloma venéreo (LGV) é uma infecção crônica causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, que atinge os órgãos genitais e os gânglios da virilha. É popularmente conhecida como “mula”.

Formas de contágio
A transmissão ocorre pelo sexo desprotegido com uma pessoa infectada. Por isso, recomenda-se sempre o uso da camisinha masculina ou feminina e o cuidado com a higiene íntima após a relação sexual.

Sinais e sintomas

  • Feridas nós órgãos genitais e outros (pênis, vagina, colo do útero, ânus e boca ), as quais, muitas vezes, não são percebidas e desaparecem sem tratamento.
  • Entre uma a seis semanas após a ferida inicial, surge um inchaço doloroso (caroço ou íngua) na virilha, que, se não for tratado, rompe-se, com a saída de pus.
  • Pode haver sintomas por todo o corpo, como dores nas articulações, febre e mal-estar.
  • Quando não tratada adequadamente, a infecção pode agravar-se, causando elefantíase (acúmulo de linfa no pênis, escroto e vulva).

Diagnóstico e tratamento
Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa IST, recomenda-se procurar um serviço de saúde para o diagnóstico correto e indicação do tratamento com antibiótico adequado.

As parcerias sexuais também precisam ser tratadas.

 


Sífilis

O que é
É uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária). Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior.

Formas de transmissão
A sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada, ou para a criança durante a gestação ou parto.

Sinais e sintomas

Sífilis primária

  • Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10 a 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias.
  • Normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.

Sífilis secundária

  • Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial.
  • Pode ocorrer manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés. Essas lesões são ricas em bactérias.
  • Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça, ínguas pelo corpo.

Sífilis latente – fase assintomática

  • Não aparecem sinais ou sintomas.
  • É dividida em sífilis latente recente (menos de dois anos de infecção) e sífilis latente tardia (mais de dois anos de infecção).
  • A duração é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.

Sífilis terciária

  • Pode surgir de dois a 40 anos depois do início da infecção.
  • Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.

Diagnóstico
O teste rápido (TR) de sífilis está disponível nos serviços de saúde do SUS, sendo prático e de fácil execução, com leitura do resultado em, no máximo, 30 minutos, sem a necessidade de estrutura laboratorial. O TR de sífilis é distribuído pelo Departamento das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais/Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (DIAHV/SVS/MS), como parte da estratégia para ampliar a cobertura diagnóstica.

Nos casos de TR positivos (reagentes), uma amostra de sangue deverá ser coletada e encaminhada para realização de um teste laboratorial (não treponêmico) para confirmação do diagnóstico.

Em caso de gestante, devido ao risco de transmissão ao feto, o tratamento deve ser iniciado com apenas um teste positivo (reagente), sem precisar aguardar o resultado do segundo teste.

Tratamento
O tratamento de escolha é a penicilina benzatina, que poderá ser aplicada na unidade básica de saúde mais próxima de sua residência.

Prevenção
O uso correto e regular da camisinha feminina ou masculina é uma medida importante de prevenção da sífilis. O acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal de qualidade contribui para o controle da sífilis congênita.

 


Sífilis congênita

É uma doença transmitida para criança durante a gestação (transmissão vertical). Por isso, é importante fazer o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal e, quando o resultado for positivo (reagente), tratar corretamente a mulher e sua parceria sexual, para evitar a transmissão.

Recomenda-se que a gestante seja testada pelo menos em 3 momentos:

  • Primeiro trimestre de gestação
  • Terceiro trimestre de gestação
  • Momento do parto ou em casos de aborto

Sinais e sintomas
Pode se manifestar logo após o nascimento, durante ou após os primeiros dois anos de vida da criança.  São complicações da doença: aborto espontâneo, parto prematuro, má-formação do feto, surdez, cegueira, deficiência mental e/ou morte ao nascer.

Diagnóstico
Deve-se avaliar a história clínico-epidemiológica da mãe, o exame físico da criança e os resultados dos testes, incluindo os exames radiológicos e laboratoriais.

Tratamento
Quando a sífilis é detectada na gestante, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível,   com a penicilina benzatina.  Este é o único medicamento capaz de prevenir a transmissão vertical. A parceria sexual também deverá ser testada e tratada para evitar a reinfecção da gestante. São critérios de tratamento adequado à gestante:

  • Administração de penicilina benzatina
  • Início do tratamento até 30 dias antes do parto
  • Esquema terapêutico de acordo com o estágio clínico da sífilis
  • Respeito ao intervalo recomendado das doses

Prevenção
O uso correto e regular da camisinha feminina ou masculina é uma medida importante de prevenção da sífilis. O acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal de qualidade contribui para o controle da sífilis congênita.

Cuidados com a criança exposta à sífilis
O principal cuidado à criança é a realização de um pré-natal de qualidade e o estabelecimento do tratamento adequado da gestante.

Todas as crianças expostas à sífilis de mães que não foram tratadas, ou receberam tratamento não adequado, são submetidas a diversas intervenções que incluem: coleta de amostras de sangue, avaliação neurológica (incluindo punção lombar), raio-X de osso longos, avaliação oftalmológica e audiológica. Muitas vezes há necessidade de internação hospitalar prolongada.

 


Infecção pelo HTLV

O que é
É causada pelo vírus T-linfotrópico humano (HTLV) que atinge as células de defesa do organismo, os linfócitos T. O HTLV foi o primeiro retrovírus humano isolado (no início da década de 1980) e é classificado em dois grupos: HTLV-I e HTLV-II.

Formas de contágio
A transmissão do HTLV ocorre da mãe infectada para o recém-nascido (Transmissão Vertical), principalmente pelo aleitamento materno. Outras formas de infecção são a via sexual desprotegida (sem camisinha)  com uma pessoa infectada e o compartilhamento de seringas e agulhas.

Sinais e sintomas
A maioria das pessoas infectadas pelo HTLV não apresentam sinais e sintomas durante toda a vida. Dos infectados pelo HTLV, 10% apresentarão algumas doenças associadas a esse vírus, entre as quais podem-se citar: doenças neurológicas, oftalmológicas, dermatológicas, urológicas e hematológicas (ex.: leucemia/linfoma associada ao HTLV).

Tratamento
O tratamento é direcionado de acordo com a doença relacionada ao HTLV. A pessoa deverá ser acompanhada nos serviços de saúde do SUS e, quando necessário, receber seguimento em serviços especializados para diagnóstico e tratamento precoce de doenças associadas ao HTLV.

Prevenção
É recomendado o uso de preservativo masculino ou feminino (disponíveis gratuitamente na rede pública de saúde) em todas as relações sexuais, e o não compartilhamento de seringas, agulhas ou outro objeto cortante. Da mesma forma, a amamentação está contraindicada (recomenda-se o uso de inibidores de lactação e de fórmulas lácteas infantis).

 


Herpes Genital

O que é
A herpes genital é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pelo vírus herpes simplex.

Formas de contágio, sintomas, prevenção e tratamento
A maior manifestação é a formação de vesículas (pequenas bolhas) que se rompem causando dor, como queimação e ardência nos órgãos genitais. A doença aparece e desaparece espontaneamente, estando ligada a fatores desencadeantes como o Stress. Apesar de não se ter, até hoje, uma medicação para o tratamento do Herpes, é errado pensar que a doença não tem cura. É relatado que, afastando os fatores irritantes e traumáticos, a doença pode ficar sob controle, até que o próprio organismo desenvolva um mecanismo interno de defesa.

 


Candidíase

O que é
A candidíase é uma infecção causada por fungo do gênero Cândida. É uma micose que tem aumentado muito a sua frequência nos últimos tempos. Constitui-se atualmente em um dos tipos mais comuns de vulvovaginite e é mais frequente na mulher grávida.

Formas de contágio, sintomas, prevenção e tratamento
Atualmente, aceita-se como frequente a transmissão pela via sexual, fazendo-se necessário o uso de preservativo como forma de evitar o contágio. A contaminação a partir do sistema gastrointestinal também é bastante comum. A recidiva ou reinfecção constitui-se um problema crucial da candidíase vulvovaginal. Aceita-se como causas importantes de reinfecção a contaminação a partir do sistema digestivo ou a partir do parceiro sexual. Na candidíase vulvovaginal recorrente recomenda-se o tratamento da forma vaginal e intestinal e do parceiro. Visando melhorar a eficácia da terapêutica, devem ser observadas: higiene íntima diária com sabão neutro e água, ferver roupas íntimas, proporcionar boa aeração vulvar, evitar uso de roupas de fibras sintéticas ou vestimentas apertadas, e afastar tanto quanto possível, os fatores predisponentes. O sofrimento e a angústia, causados pela recidiva ou persistência dos sintomas, podem produzir desajuste conjugal e necessitar apoio psicoprofilático.

 


Tricomoníase

O que é
A Tricomoníase é uma infecção causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis no trato gênito-urinário da mulher e do homem. É o tipo mais frequente de vulvovaginite na mulher adulta.

Forma de contágio, sintomas e tratamento
A via de transmissão principal é o contato sexual, em condições especiais é possível outras formas de transmissão, contudo são estatisticamente desprezíveis. A tricomoníase é a infecção que mais se associa a outras doenças sexualmente transmissíveis. No homem – Na quase totalidade dos casos é assintomático, mas alguns apresentam quadro clínico típico de uma uretrite não gonocócica acrescido de prurido no meato uretral ou sensação de fisgadas na uretra. Entretanto como estas são capazes de transmitir a doença e a maioria apresentarão manifestações clínicas, devem ser tratadas. O tratamento deve ser simultâneo para os parceiros sexuais.

 


FONTES:
aids.gov.br – Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais – Ministério da Saúde
dstbrasil.org.br – Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis
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